domingo, 25 de julho de 2021

Manifestação Fora Bolsonaro 24 de julho

 


Manifestação Fora Bolsonaro 24 de julho

João Evangelista - CCR

Atos “Fora Bolsonaro!” reuniram por volta de 600 mil pessoas em 509 atos realizados no Brasil e no exterior.

Nas ruas, as principais bandeiras presentes foram em defesa da democracia e das eleições, contra a propina da vacina e a favor da aceleração da vacinação em todo o país. Estiveram presentes menções e homenagens aos mais de 540 mil mortos vítimas da Covid até agora.
A Campanha ganhou amplitude com aumento das cidades em que ocorreram as manifestações e mantém como importante e massiva essa mobilização que já está em seu 4° ato desde o dia 29 de maio.

Na capital paulista, dezenas de milhares foram às ruas pedindo a derrubada de Jair Bolsonaro. Estavam presentes todos os partidos da esquerda, além de centrais sindicais como a CUT. É de notar a presença desde a última manifestação do dia ....do renascido estalinista Partido Comunista Brasileiro-PCB com várias dezenas de militantes, principalmente jovens. Notou-se também um aumento visivelmente expressivo de pessoas de origem humilde, trabalhadores comuns, muito provavelmente provenientes de movimentos sociais como sem-teto, ocupações, etc. Está se perdendo o caráter eminentemente classe média e sindical, o qual significa um avanço político considerável.

A manifestação ocupou a Avenida Paulista desde a FIESP até o Conjunto Nacional, contando com cerca de uma dezena de carros de som.

Além dos partidos de esquerda, compareceram também o MST, o MTST, MSTC, Uneafro, estudantes da FFLCH (USP), da UFABC, diversas torcidas antifascistas e também anarquistas.

Ainda na Rua da Consolação, a polícia decidiu, de repente, acabar com o ato atirando bombas de gás lacrimogêneos contra os manifestantes, dispersando o ato antes que este chegasse ao seu destino, um ato com significado mais por intolerância a manifestações de esquerda do que por provocações de radicais.

Assim como das outras vezes, não foi um ato unificado. Cada organização no seu carro de som com seu próprio discurso, com exceção do carro das centrais sindicais em frente ao MASP em que discursaram as principais lideranças politicas como Haddad e Boulos.

Mesmo com a presença significativa dos trabalhadores mais humildes, é de notar a ausência em todos esses atos dos sindicatos dos trabalhadores da indústria paulista, por exemplo os metalúrgicos do ABC. Reflexo talvez da recusa de Lula em fazer uma firme convocação aos atos Fora Bolsonaro!

A tendência é que os próximos atos mantenham essa quantidade e qualidade, porém, se não houver a adesão da classe operária e o aumento muito mais significativo de público, corre-se o risco de se estagnar ou mesmo retroceder e tudo ser direcionado ao plano puramente eleitoral.

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